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Flamengo: Justiça absolve réus por incêndio no Ninho do Urubu

21/10/2025 22:38 O Globo — Rio

Em decisão publicada nesta terça-feira, a Justiça do Rio absolveu os sete réus restantes do processo relativo ao incêndio no Ninho do Urubu, centro de treinamento do Flamengo, ocorrido em fevereiro de 2019. O episódio deixou dez jovens da base do clube mortos e outros três feridos. A informação é do site G1.
A decisão foi assinada pelo juiz Tiago Fernandes de Barros, da 36ª Vara Criminal da Comarca da Capital. No entendimento do magistrado, há "ausência de demonstração de culpa penalmente relevante e na impossibilidade de estabelecer um nexo causal seguro entre as condutas individuais e a ignição". O Ministério Público havia pedido a condenação de todos os 11 denunciados.
A decisão é em primeira instância. Cabe recurso.
No total, sete réus foram absolvidos nesta decisão. Dos outros quatro denunciados, dois tiveram denúncia rejeitada, um foi absolvido e o presidente do clube na ocasião, Eduardo Bandeira de Mello, teve a possibilidade de punição extinta em 2021, por prescrição.
Segundo o site Uol, a lista de réus possui:
Márcio Garotti - Diretor financeiro do Flamengo entre 2017 e 2020
Marcelo Maia de Sá - diretor adjunto de patrimônio do Flamengo
Danilo Duarte - engenheiro responsável técnico da NHJ, empresa de contêineres
Fabio Hilário da Silva - engenheiro responsável técnico da NHJ, empresa de contêineres
Weslley Gimenes - engenheiro responsável técnico da NHJ, empresa de contêineres
Claudia Pereira Rodrigues - responsável pela assinatura dos contratos da NHJ.
Edson Colman - Sócio da Colman Refrigeração, que realizava manutenção nos aparelhos de ar-condicionado
Eles respondiam pelos crimes de incêndio culposo qualificado com resultado de morte de dez pessoas e lesão corporal grave em outras três.
Morreram no incêndio: Athila Paixão (14 anos), Arthur Vinícius (14), Bernardo Pisetta (14), Christian Esmério (15), Gedson Santos (14), Jorge Eduardo Santos (15), Pablo Henrique (14), Rykelmo de Souza (16), Samuel Thomas Rosa (15) e Vitor Isaías (15). Os jovens dormiam em um contêiner, uma instalação provisória, quando o fogo começou. Segundo a investigação, o incêndio teve início após um curto-circuito em um ar-condicionado que ficava ligado 24 horas por dia no local, e o fogo se alastrou devido ao material do contêiner. Na época, o Ninho do Urubu não tinha alvará de funcionamento, segundo a Prefeitura do Rio.

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