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No Leblon, advogados entram com notícia-crime no MP contra a construção de edifício

25/10/2025 05:01 O Globo — Rio

O escritório dos advogados Rodrigo Falk Fragoso e Pedro Henrique Martins Nunes protocolou no Ministério Público uma notícia-crime contra a Mozak, que estaria cometendo irregularidades na construção do prédio “Guilhem”, na Rua Almirante Guilhem, no Leblon, e que prevê 115 apartamentos com metragens entre 32 m² e 77 m². Os advogados argumentam, entre outras coisas, que o projeto ainda não teria licença, que o memorial de incorporação não foi registrado em cartório e que o projeto arquitetônico não foi aprovado pelos órgãos competentes.
A ação pode ser a ponta de um iceberg. Trata-se da revolta de alguns moradores do Leblon contra o avanço da construção de novos prédios com apartamentos pequenos, em alguns casos de um só quarto. Segundo essa visão, os novos prédios afetariam, além do trânsito, a característica do bairro: familiar, pacato, de convivência próxima.
A colunista Lu Lacerda, da “Veja Rio”, chegou a publicar fotos de cartazes na rua com dizeres como “Leblon pede socorro” e “Querem destruir o Leblon”. Em nota, a Mozak diz que a obra está regular e denuncia preconceito social contra a chegada de um novo tipo de morador.
“Alguns moradores têm se mobilizado contra o empreendimento, com base em argumentos discriminatórios. A empresa lamenta que uma iniciativa que segue a legislação e valoriza a cidade esteja sendo alvo de ataques motivados por preconceito social e desinformação”, diz um trecho.
É. Pode ser.

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