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O que o Brasil mais busca em 2025? Os fetiches em alta segundo criadores adultos

21/10/2025 04:31 O Globo — Rio

Em 2025, os fetiches que mais despertam curiosidade no Brasil aparecem com destaque nos pedidos de conteúdos personalizados feitos a criadoras de conteúdo adulto, segundo dados da plataforma FanFever. Entre os desejos mais recorrentes estão podolatria, dominação, cuckold e até ASMR erótico, refletindo uma busca crescente por experiências sob demanda e exclusivas.
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De acordo com as criadoras, os fetiches mais solicitados incluem a podolatria (fetiche por pés), dominação, cuckold (fetiche em que uma pessoa obtém prazer ao ver o(a) seu parceiro(a) envolver-se com outra pessoa, geralmente com o seu consentimento) e conteúdos ASMR com temática adulta. A procura vai além do prazer físico e envolve experiências psicológicas, sensoriais e emocionais, reforçando a importância do diálogo e da normalização do prazer.
Clara Wellen, estudante de psicologia e criadora de conteúdo adulto há oito anos, começou anonimamente enquanto trabalhava em um hospital. "Tinha medo que as pessoas descobrissem", lembra. Hoje, vive exclusivamente da produção de conteúdo e aponta a adoração por pés como o fetiche mais comum. "O que mais atendo é a podolatria", confirma, embora já tenha recebido pedidos inusitados, como gravar um vídeo levando uma tortada de chantilly no rosto em referência a um apresentador de TV. Para ela, a visibilidade é a chave do crescimento: "O aumento de criadores de conteúdo adulto que criam conteúdo com esses tipos de fetiches acaba gerando mais curiosidade."
Miss Scarlett entrou no mercado adulto após uma festa de swing com o marido. "Me apaixonei pelo jogo de sedução, pela liberdade e pelo tesão de transformar fantasia em realidade", conta. Entre os pedidos mais recorrentes, ela cita os conteúdos temáticos com feet (pés) ASMR, dominação, cuckold e até smoking fetish, destacando que o apelo é sobretudo psicológico. "Eles não são só sobre sexo, são sensações. É sobre provocar antes de entregar", analisa. Para ela, o preconceito ainda existe, mas está sendo superado: "Quem experimenta, dificilmente volta atrás."
Tetê Carioca, publicitária, começou vendendo lingeries usadas online e descobriu um novo mundo. Hoje atua como Domme com foco em cuckold e humilhação peniana (SPH) e notou um aumento no interesse por avaliações. "Recebo por dia dezenas de mensagens de homens querendo ter sua 'ferramenta' avaliada. Eu gosto disso, vejo cada coisa inusitada, me divirto!". Ela também observa variações regionais nos fetiches. "A podolatria é sólida no Brasil inteiro, mas alguns fetiches, como o de balões, aparecem de tempos em tempos em certas regiões", explica.
Verônica, com nove anos de experiência, começou no Camera Prive antes de migrar para o FanFever. Seus fetiches mais procurados são cuckold e humilhação, que também são seus preferidos. Ela ressalta a importância de conhecer profundamente cada cliente: "Procuro entender os gostos pessoais, as dinâmicas habituais e o nível de experiência dentro do fetiche". Apesar de perceber uma onda conservadora recorrente, mantém o otimismo: "Novas tendências surgem o tempo todo, estamos sempre nos reinventando."

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