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Celebridades impulsionam a febre do colágeno, mas o que realmente faz efeito?

23/10/2025 05:30 O Globo — Rio

De copos translúcidos a seringas discretas, o colágeno virou o novo símbolo da beleza contemporânea. Está nas rotinas das celebridades, nos feeds das redes sociais e nos protocolos de clínicas de estética. O ingrediente, antes restrito ao vocabulário médico, ganhou o status de ritual: beber, aplicar, estimular, regenerar. Mas por trás da estética polida e dos vídeos de skincare há uma pergunta que ninguém responde com clareza: o que realmente faz diferença na pele?
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O boom começou com as celebridades. Jennifer Aniston assumiu o papel de diretora criativa da marca Vital Proteins e passou a defender a suplementação diária como parte da sua longevidade. Victoria Beckham associou sua pele firme ao colágeno que consome todas as manhãs. Khloé Kardashian, por sua vez, transformou o ingrediente em um negócio bilionário ao investir na Dose & Co. Desde então, o colágeno deixou de ser um ativo e se tornou uma narrativa, uma promessa de juventude engarrafada que circula entre copos, cápsulas e milhões de visualizações.
Mas fora do glamour das campanhas, há uma diferença essencial entre o colágeno que se bebe e o que se aplica. “O colágeno oral fornece aminoácidos que podem contribuir para a produção natural do corpo, mas o impacto é sistêmico e discreto”, explica o médico Dr. Roberto Chacur, referência em estética avançada. “Já os bioestimuladores injetáveis agem diretamente na derme, onde o colágeno é produzido, provocando uma resposta mais intensa e localizada.”
Segundo o especialista, os bioestimuladores à base de hidroxiapatita de cálcio, como o Harmonize Gold, desenvolvido com tecnologia nacional, estimulam o colágeno tipo I e III por até 18 meses, proporcionando firmeza, densidade e melhora da textura da pele. “É o mesmo processo natural do corpo, apenas reativado”, diz Chacur.
Enquanto os suplementos vendem o ritual, os bioestimuladores entregam o resultado. Ambos têm seu valor, mas agem de formas diferentes: o primeiro faz parte do imaginário do bem-estar, o segundo, da biologia. No fim, talvez o segredo esteja justamente no equilíbrio, o gesto simbólico que acalma a mente e a ciência que transforma a pele.

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