
Clarice Alves une carreira cosmopolita e moda como expressão de identidade e empoderamento feminino
Clarice Alves vive um momento de maturidade artística e expansão tanto nacional quanto internacional. Protagonista do thriller espanhol “Urubú”, filmado na Amazônia, ela está prestes a estrear na série “Impuros”, do Disney+, e confirmada no elenco de “Todo Lo Que Nunca Fuimos”, adaptação do best-seller de Alice Kellen. O salto de sua carreira para o circuito global caminha lado a lado com a construção de uma imagem pessoal que encontra na moda não uma obrigação, mas um espelho da própria essência.
“Eu nunca senti pressão para usar algo só porque está na moda. Sempre usei o que me faz sentir confortável, o que transmite a minha forma de ser. Gosto de cores fortes, de roupas que tenham personalidade, mas que também sejam práticas para minha rotina, ainda mais com dois filhos. Não vou passar o dia inteiro em viagem com uma calça apertada só porque alguém disse que aquilo é tendência. Posso, sim, gostar de uma peça nova e incorporá-la, mas sempre misturo com roupas que já fazem parte da minha história. Tenho bolsas de quinze anos, casacos antigos, calças que atravessaram uma década. Olho no espelho e penso: essa sou eu”, comenta.
Essa busca pela autenticidade também se reflete no seu olhar para a moda como fenômeno social: “Ela sempre foi uma bandeira muito forte para as mulheres. A liberdade de usar calças, de vestir um terninho, de ocupar um espaço sem ter que estar por baixo de uma figura masculina. Moda é reflexo do momento histórico, empodera e transmite. Hoje vemos estilistas poderosíssimas, donas de empresas que não precisam se afirmar através de ninguém além delas mesmas. E isso me inspira.”
Clarice Alves vive um momento de maturidade artística e expansão tanto nacional quanto internacional
Divulgação Rubén Vega
O guarda-roupa da atriz é versátil, mas não abre mão da coerência: “Adoro um blazer. Acho que é a peça que sempre me salva. Tenho um no carro e, se estou de roupa esportiva, coloco o blazer, pego uma bolsa e sigo para uma reunião. Ombreiras, cortes retos, calças de boca de sino, pantalonas… são peças que me acompanham desde sempre. Não importa se estão em alta ou não. Também não vivo sem um bom jeans que me vista bem. São roupas que me deixam pronta para qualquer situação.”
Ela acrescenta que vê suas escolhas como uma extensão da própria criatividade: “Tem dias em que quero uma peça divertida, alegre, porque estou nesse humor. Em outros, sou prática, básica. Mas até quando sigo um protocolo de evento mais formal, nunca vou usar algo que não combine comigo. Não sou de vestido de princesa. Prefiro estar alinhada com a minha personalidade. Às vezes, quando divulgo um trabalho, gosto de dialogar com o personagem ou com a atmosfera do projeto, porque isso soma à experiência. A roupa pode ser parte da narrativa também.”
No cotidiano, o conforto é regra. Clarice declara: “Pratico esportes todos os dias. É muito normal me ver de roupa de academia, de moletom arrumadinho, de tênis. Minha rotina é corrida, então preciso de roupas que acompanhem esse ritmo. Posso sair do treino, ir ao escritório e depois a um almoço de trabalho sem precisar mudar radicalmente. A moda, para mim, é esse equilíbrio entre a vida real e a força que você transmite quando precisa estar em outro espaço.”
Para a artista, o gesto de se vestir não é superficial. Ela finaliza: “A moda, a meu ver, tem um papel potente na sociedade. É um meio de dar visibilidade a causas, de atrair atenção para o que importa. Quando vemos protestos em semanas de moda, estilistas que usam o desfile para fazer uma chamada simbólica, percebemos como esse espaço é poderoso. É um lugar de empoderamento feminino, de mudança, de contribuição positiva.”
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