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Cláudio Castro telefona para Gleisi para discutir crise da segurança no Rio, e Casa Civil convoca reunião

28/10/2025 17:20 O Globo — Rio

O governador do Rio, Cláudio Castro (PL), telefonou na tarde desta terça-feira para a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, para discutir a crise da segurança pública no estado que deixou, pelo menos, 60 mortos. Paralelamente, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, convocou uma reunião de emergência para tratar do tema com Gleisi e representantes do Ministério da Justiça e da Polícia Federal.
De acordo com relato de integrantes do governo, Castro tentou explicar que as suas declarações dadas mais cedo não tinham o objetivo de criticar o Palácio do Planalto.
Também afirmou, de acordo com os mesmos relatos, que não pediu o apoio da gestão federal para a operação desta quinta-feira.
À colunista do GLOBO Bela Megale, Gleisi disse que não iria entrar em um embate político.
— Não queremos fazer disso uma disputa com o governador. Queremos ajudar. O governo quer combater o crime organizado e tem feito operações nesse sentido. Queremos colocar o que temos de melhor, que é a capacidade de inteligência. Daí a importância da PEC da Segurança Pública — disse a ministra à coluna.
Em entrevista à imprensa nesta terça-feira, o governador citou como exemplo solicitações para que as Forças Armadas emprestassem blindados para atuar no estado, mas que esses pedidos foram negados.
Integrantes do Ministério da Defesa, contudo, afirmam haver um erro de conduta e explicam que esse tipo de pedido não deveria ser feito diretamente aos militares. Cabe ao governo estadual solicitar apoio ao governo federal e que compete à Presidência da República analisar e autorizar um um pedido de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que prevê a atuação das Forças Armadas em ações de segurança pública.
— Já entendemos haver uma política de não ceder. Disseram que precisa de uma Garantia de Lei e Ordem (GLO). Depois disseram que poderiam emprestar e voltaram atrás porque o servidor que opera o veículo é federal e deveria ter o GLO, enquanto o presidente é contra a GLO. Entendemos que a realidade é essa e não vamos ficar chorando pelos cantos — afirmou Castro.

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