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Perícia analisa substâncias apreendidas em laboratório clandestino no Maranhão

20/10/2025 17:49 G1 — Brasil

Cinco funcionárias foram ouvidas durante a ação. O local foi interditado, e os materiais serão analisados pelo Instituto de Criminalística (Icrim) e
Reprodução/ TV Mirante
A Perícia Oficial do Maranhão iniciou a análise de substâncias apreendidas em um laboratório farmacêutico clandestino encontrado em Itapecuru-Mirim, na última semana. O trabalho está sendo realizado pelo Instituto Laboratorial de Análises Forenses (Ilaf) e pelo Instituto de Criminalística (Icrim), com o objetivo de identificar a composição dos produtos e avaliar os riscos à saúde e ao meio ambiente.
O laboratório foi fechado na última quinta-feira (16) após investigação da Polícia Civil. A ação contou com o apoio da Vigilância Sanitária Estadual e do Conselho Regional de Farmácia do Maranhão. O imóvel, localizado na Rua Mariana Luz, no Centro de Itapecuru-Mirim, estava operando sem estrutura adequada, licença sanitária ou autorização dos órgãos reguladores.
No laboratório, foram encontrados produtos como canabidiol, clonazepam, procaína e testosterona, além de matérias-primas vencidas desde 2019. O local também apresentava riscos de incêndio e explosão devido ao armazenamento inadequado de produtos inflamáveis e cilindros de gases médicos.
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Falsificação de medicamentos é investigada
“O laboratório fabricava, embalava e vendia medicamentos de forma clandestina”, afirmou o perito James. Ele explicou que o imóvel não tinha estrutura para realizar esse tipo de atividade e não possuía autorização dos órgãos competentes.
Documentos apreendidos indicam que a farmacêutica responsável pela operação vendia os medicamentos para cidades do Maranhão, além de outros estados, como Bahia e Rio de Janeiro. Também há indícios de que os produtos eram enviados para países como Colômbia, Itália e China.
Responsável já foi alvo de operações semelhantes em Minas Gerais
A farmacêutica, que tem formação na área, já havia sido investigada em Minas Gerais por práticas semelhantes, onde mantinha um negócio com o mesmo perfil. Após ser autuada, ela transferiu a operação para o Maranhão, mantendo rótulos que indicavam a origem mineira. Parte da produção era distribuída para outros estados e para o exterior.
Durante a ação, cinco funcionárias foram ouvidas e três autos foram lavrados: Termo de Infração, Termo de Fiscalização e Termo de Interdição. Todo o material apreendido foi encaminhado para análise pericial, que irá detalhar as condições das substâncias.
A farmacêutica poderá responder por crimes relacionados à falsificação, adulteração ou alteração de produtos destinados ao uso terapêutico ou medicinal, além de outras infrações previstas na legislação sanitária e de saúde pública.

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