Projeto da Comlurb envia toneladas de lixo de grandes eventos para reciclagem
            Comunidades e catadores da Zona Norte do Rio cujas rotinas giram em torno do lixo ganharam uma boa notícia com a recém-realizada primeira edição do projeto Recicla ZN em grandes eventos. A iniciativa — uma parceria da subprefeitura da Zona Norte com a Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) — coletou no último dia 19 cerca de 1,5 tonelada de resíduos recicláveis durante o evento mensal Pagode da Feira, que chega a reunir dez mil pessoas no Galpão do Engenhão, no Engenho de Dentro.
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Resíduos recicláveis — como latas de alumínio, papelão e garrafas de vidro — foram encaminhados à cooperativa Coopideal, credenciada à Comlurb, no bairro de Maria da Graça. Atualmente, a companhia conta com 30 cooperativas de catadores cadastradas, que recebem os materiais potencialmente recicláveis da coleta seletiva da Comlurb, fazem a separação e comercializam. Cerca de 450 famílias são beneficiadas em todo o processo. Atualmente, o serviço atende a 117 bairros da cidade.
Funcionários da cooperativa Coopideal, em Maria da Graça, separam resíduos para reciclagem
Divulgação
— Somos uma família e, com essa quantidade, todo mundo sai ganhando. Aprendemos muito com essas ações, e é muito bom porque o material já chega limpo e organizado, o que facilita muito o nosso trabalho — destacou Januário.
Morador de Maria da Graça, Januário Menezes, de 32 anos, é um dos 57 membros da cooperativa Coopideal. Ele diz que o material recolhido no pagode chegou na hora certa.
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De acorco Douglas Araújo, subprefeito da Zona Norte e idealizador do projeto, a ideia não se restringe a grandes eventos e há previsão de que seja expandida a polos gastronômicos, centros comerciais e até quadras de escolas de samba da região.
— Sabemos que o descarte correto e a reciclagem de resíduos provenientes de grandes eventos podem impactar positivamente a vida de diversas comunidades e catadores da região. Há urgência em colaborar com estratégias que possam mitigar os efeitos nocivos desses resíduos, que podem levar até 500 anos para se decompor. É importante pensar políticas públicas no presente visando a uma cidade melhor para as futuras gerações — afirma Araújo.
O presidente da Comlurb, Jorge Arraes, lembra que a companhia conta com uma frota de 13 caminhões coletores e três caminhões gaiola totalmente dedicada ao serviço da coleta seletiva.
— É importante que a população colabore fazendo a separação dos materiais em casa. Iniciativas como esta da subprefeitura da Zona Norte ajudam muito. É a certeza de que os recicláveis chegarão de fato às pessoas que podem transformar esse material em renda. Além disso, incentivam e promovem a cultura e a adesão à coleta seletiva — resume Arraes.
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