 
                Seis pessoas do Amazonas estão entre os mortos em megaoperação no Rio, diz governador Cláudio Castro
            Dezenas de corpos são levados por moradores para praça no dia seguinte a operação no Rio
Seis pessoas do Amazonas estão entre os mortos ns megaoperação contra o Comando Vermelho (CV) nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro. A informação foi confirmada nesta sexta-feira (31) pelo governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, e pelo secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, em vídeo divulgado no perfil oficial do governo no Instagram.
Dentre os seis mortos, o único identificado foi Douglas Conceição de Souza, o “Chico Rato”, apontado pelo governador do Rio de Janeiro como um dos chefes do tráfico em Manaus.
Ainda de acordo com o governador, 59 das 119 pessoas mortas já foram identificadas até o momento, sendo 22 de outros estados. Além do Amazonas, há mortos oriundos de Goiás, Bahia, Espírito Santo, Ceará e Paraíba.
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A operação, deflagrada na terça-feira (28), foi a mais letal da história do estado, segundo números confirmados pelo Palácio Guanabara. Ao todo foram 119 pessoas mortas, 133 presos; 10 menores apreendidos; 118 armas apreendidas (91 são fuzis); e 14 artefatos explosivos apreendidos.
Durante coletiva de imprensa na quarta-feira (29), a Polícia Civil do Rio já havia confirmado que traficantes do Amazonas estavam entre os presos.
"Temos bandidos do Amazonas, temos bandidos do Ceará, temos bandidos de Pernambuco, e temos informações de inteligência que todos os bandidos que tem poder de decisão nos seus estados estão vindo para o Rio de Janeiro. Eles dão ordem de morte a partir da relativa tranquilidade que eles tem nesses locais", afirmou.
Policiais algemam suspeito durante megaoperação
Mauro Pimentel/AFP
Moradores encontram corpos
Moradores do Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, afirmaram ter encontrado pelo menos 74 corpos para a Praça São Lucas, na Estrada José Rucas, uma das principais da região, ao longo da madrugada desta quarta-feira (29), o dia seguinte à operação mais letal da história do RJ.
O governo havia informado em balanço na terça que havia 64 mortos, sendo que 4 eram policiais civis e militares.
Mas, na manhã desta quarta, o governador Cláudio Castro (PL-RJ) só confirmou oficialmente 58 mortos, sendo que eram 54 criminosos. Ele não esclareceu por que o número do balanço de ontem foi alterado.
Em coletiva, governo do RJ subiu o número para 119 mortos.
Segundo os moradores, são mais 74 mortos.
Haverá uma perícia para ver se há relação entre essas mortes e a operação.
O g1 apurou ainda que os corpos, todos de homens, estavam na área de mata da Vacaria, na Serra da Misericórdia, onde se concentraram os confrontos entre as forças de segurança e traficantes.
Imagem de drone mostra corpos levados a praça no Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, no dia 29 de outubro de 2025.
Ricardo Moraes/Reuters          
Fonte original: abrir
 
     
                 
                 
                 
                 
                 
                