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Entenda como foi o resgate de Juliane Vieira, advogada que salvou a família de incêndio no Paraná

22/10/2025 17:37 O Globo — Rio

O Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) deu detalhes do resgate de Juliane Vieira, advogada de 28 anos que salvou a mãe, um primo e o cão da família de um apartamento em chamas. Juliane sofreu queimaduras em 63% do corpo e está internada em estado grave na UTI do Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) do Hospital Universitário (HU) de Londrina. Segundo o Corpo de Bombeiros, o atendimento ao incêndio no apartamento no 13º andar de um prédio localizado no cruzamento das ruas Riachuelo e Londrina, no bairro Country, seguiu todos os procedimentos técnicos da corporação para esse tipo de ocorrência.
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"As três vítimas que estavam no interior do apartamento já apresentavam queimaduras, antes da chegada dos bombeiros, inclusive as duas retiradas por populares pela janela do 12º andar", informou a corporação em nota.
Juliane apoiou-se na caixa do ar-condicionado na fachada do prédio para retirar os parentes e o cachorro do apartamento que queimava. Na sua vez de pular para o apartamento de baixo, estava com o corpo fragilizado pelo esforço e pelos ferimentos, segundo os bombeiros. Dessa forma, precisou ser resgatada.
O bombeiro militar que realizou o resgate entrou em meio às chamas para alcançá-la, pois a vítima estava em risco iminente de queda, apoiada sobre o ar-condicionado — estrutura não projetada para sustentar peso humano. Segundo a instituição, o bombeiro permaneceu estabilizando o risco de queda, ainda com a vítima parcialmente do lado de fora, até que as chamas fossem controladas.
"A ação foi extremamente rápida. Após o controle do fogo, a vítima foi retirada da janela, envolvida em um cobertor e carregada no colo pelos bombeiros para fora do apartamento. O uso de água foi direcionado por dentro da edificação, concentrando-se nas áreas afetadas, técnica prevista nos protocolos de combate a incêndio para este tipo de ocorrência", informou o Corpo de Bombeiros do Paraná.
O sargento Edemar de Souza Migliorini, um dos bombeiros que auxiliaram no resgate de Juliane, recebeu alta no sábado (18) após passar três dias internado. Ele sofreu queimaduras de terceiro grau. Edemar teve queimaduras de 1º, 2º e 3º graus em 20% do corpo: nos braços, mãos e em parte das costas.
Apartamento da família de Juliane em Cascavel (PR)
Reprodução: g1
Estado de saúde de Juliane
De acordo com o Hospital Universitário de Londrina, o estado de saúde de Juliane evoluiu de gravíssimo para grave, segundo boletim médico atualizado na manhã desta quarta-feira (22). A mudança de estado de saúde representa que houve uma melhora clínica nos exames e sinais vitais da paciente. No entanto, a instituição reforça que os parâmetros podem mudar dentro do próprio dia, pois ainda é um estado de risco de vida.
Juliane ainda está internada em um leito da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), no Centro de Tratamento de Queimados (CTQ), intubada, sedada e instável.
Ainda conforme o boletim, Juliane teve 63% do corpo queimado após o incêndio que destruiu o apartamento onde morava com a família, em Cascavel, no oeste do Paraná. A mãe e o primo da advogada também permanecem internados. A mãe de Juliane já acordou e está conversando, e Pietro foi extubado e parou de receber sedativos.

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