Famosos exaltam meditação em filme para desmistificar a prática: 'Não é coisa de namastê', diz Angélica
Meditação não é coisa de outro mundo. Está aí o principal recado de "Ser feliz por nenhum motivo", documentário inédito de Edu Felistoque com sessões neste sábado (25) na Mostra Internacional de Cinema de São, e que tem estreia marcada nos cinemas a partir da próxima quinta-feira (30). Primeira produção original da plataforma Aquarius — serviço de streaming nacional que disponibilizará a obra a partir do dia 14 de novembro —, o longa-metragem ouve adeptos famosos da prática milenar, entre os quais as apresentadoras Angélica e Fernanda Lima e as atrizes Mariana Ximenes e Juliana Paes, para lançar pelos ares o exotismo normalmente associado ao tema.
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A intenção do diretor, como ele enfatiza, é buscar um olhar "laico e científico" para uma prática associada, muitas vezes, a espiritualidade, incenso e pernas cruzadas. É claro que os tópicos citados podem ser atrelados, sim, à meditação. Mas não obrigatoriamente. "Meditação não é coisa de namastê", brinca Angélica, que recorreu às "práticas de atenção plena", além da ioga, para lidar com os traumas derivados do acidente de avião que sofreu com a família, em 2015.
A apresentadora Angélica em prática de meditação
Divulgação
Edu Felistoque reforça o coro, e vai além, ao falar sobre o filme: "Quero mostrar que dá para meditar em qualquer lugar, que existe meditação em presídios, existe meditação para crianças, e colocar na tela como essa prática pode impactar a vida das pessoas".
Quem ajuda a espalhar a mensagem, por meio de relatos e entrevistas, são rostos bem conhecidos do público. Além de Angélica, Juliana Paes, Fernanda Lima e Mariana Ximenes, personalidades midiáticas como os atores Luciano Szafir e Marcelo Serrado e os atletas Bruninho e Carlos Burle aparecem na tela contando como encontraram um cantinho zen entre gravações, reuniões, compromissos e partidas esportivas. Todos, de algum modo, viraram embaixadores involuntários da meditação, prática que o diretor faz questão de "desmistificar", como frisa.
O médico e influenciador digital Rafael Gratta, criador do protocolo MFMA (sigla para "mais foco, menos ansiedade"), é quem conduz todo o documentário. Além das celebridades, ele conversa com especialistas, entre os quais Monja Coen e Klebér Tani, e destrincha diferentes tradições meditativas, das indígenas brasileiras às japonesas.
"O processo de criação do filme acabou sendo, em si mesmo, uma prática meditativa, me ensinando a ouvir com mais profundidade e a valorizar a sabedoria que emerge quando criamos espaço para o silêncio e a contemplação. A meditação deixou de ser algo que eu 'faço' para se tornar parte de como eu 'sou'", ressalta Gratta. "Mindfulness não é apenas sentar em silêncio por alguns minutos — é uma forma de estar no mundo. A meditação me ensinou que a felicidade genuína não depende de circunstâncias externas, mas da qualidade da nossa atenção ao momento presente."
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