Polícia prende 'elo principal' de autores intelectuais do assassinato de Miguel Uribe, pré-candidato à Presidência na Colômbia
A polícia da Colômbia prendeu nesta segunda-feira o “elo principal” dos autores intelectuais do brutal assassinato do pré-candidato presidencial Miguel Uribe — até agora, o detido mais importante na investigação do atentado, informaram as autoridades. Simeón Pérez Marroquín, capturado no departamento de Meta, no centro do país, é acusado de ser o intermediário entre o círculo próximo do atirador e o grupo armado por trás do ataque a tiros contra Uribe durante um comício em Bogotá, em 7 de junho.
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Ele “será acusado dos crimes de homicídio qualificado, associação criminosa, uso de menores de idade na prática de delitos e porte ilegal de armas”, informou o Ministério Público da Colômbia em comunicado publicado na rede social X.
Amigos e parentes do senador Uribe enquanto aguardavam notícias sobre seu estado, após o crime
Raul ARBOLEDA / AFP
Este é o sétimo detido pelo assassinato, incluindo o menor de idade que efetuou os disparos contra o senador de direita — um atentado que abalou a corrida para as eleições presidenciais de 2026.
Nos arquivos da televisão pública colombiana, o nome de Pérez aparece entre os detidos pelo assassinato dos pistoleiros que mataram o candidato presidencial Luis Carlos Galán, também morto a tiros durante um comício, em 1989.
O senador Miguel Uribe, vítima de atentado na Colômbia
Raul ARBOLEDA / AFP
Galán era um popular candidato de esquerda favorável à extradição de narcotraficantes como o falecido barão da cocaína Pablo Escobar, em um dos períodos mais violentos do conflito armado colombiano.
Imagens divulgadas pela imprensa local mostram Pérez, recém-capturado, escoltado por um forte esquema militar enquanto é levado a um helicóptero.
O atirador foi condenado a sete anos de prisão, e o motorista que o transportou, a 21.
As autoridades buscam agora os autores intelectuais do crime, com quem Pérez mantinha contato direto, segundo o órgão acusador.
Uribe, de 39 anos, era legislador opositor e passou dois meses internado em uma unidade de terapia intensiva em um hospital de Bogotá. Morreu em 11 de agosto, após sofrer uma hemorragia cerebral.
Sua morte reacendeu o temor da violência política que marcou as décadas de 1980 e 1990 na Colômbia e levantou alertas sobre a segurança dos candidatos às eleições legislativas e presidenciais de 2026.
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