Presidente da Comissão Europeia diz que UE considera todas as opções para reagir à ameaça chinesa sobre terras-raras

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que Bruxelas está considerando todas as opções para reagir à ameaça da China em relação às terras-raras.
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— Nas últimas semanas e meses, a China apertou de forma drástica os controles de exportação sobre terras-raras e materiais para baterias — disse neste sábado, durante a conferência Berlin Global Dialogue, acrescentando que isso representa um “risco significativo”.
Em seus comentários mais explícitos desde o anúncio da China, no início deste mês, sobre os planos de restringir as exportações de terras-raras, von der Leyen afirmou que, no curto prazo, Bruxelas está focada em encontrar soluções junto aos seus parceiros chineses.
— Mas estamos prontos para usar todos os instrumentos à nossa disposição para responder, se necessário. E trabalharemos com nossos parceiros do G7 em uma resposta coordenada — acrescentou.
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As declarações dela vêm poucos dias após o presidente francês, Emmanuel Macron, ter pedido aos líderes da União Europeia (UE) que considerem o uso do chamado instrumento anticoerção — o mais poderoso mecanismo comercial do bloco — contra a China, caso não consigam encontrar uma solução para os controles de exportação planejados por Pequim sobre matérias-primas essenciais.
O instrumento, conhecido pela sigla ACI, nunca foi utilizado. Ele foi concebido principalmente como um meio de dissuasão e, se necessário, para responder a ações coercitivas deliberadas de países terceiros que usem medidas comerciais como forma de pressionar as escolhas políticas da UE ou de seus membros.
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Von der Leyen também alertou que, embora a decisão da China sobre as terras raras faça parte de um “atrito econômico mais amplo” entre os Estados Unidos e a China, ela tem um “grande impacto” sobre a Europa, observando que 90% do consumo de ímãs de terras-raras da região vem de importações chinesas.
A Europa está cada vez mais preocupada com as medidas comerciais restritivas da China. A União Europeia corre para proteger suas indústrias do excesso de concorrência chinesa subsidiada. Pequim também anunciou recentemente novos e rígidos controles de exportação sobre minerais de terras-raras, que podem colocar em risco a indústria europeia — acelerando as crescentes restrições impostas a empresas estrangeiras.

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