Na Flona do Tapajós, Lula diz que COP será oportunidade de obrigar o mundo a olhar para Amazônia: ‘não é só manter a floresta em pé’
Presidente Lula anuncia criação de universidade indígena
Durante a visita a Flona do Tapajós em Belterra, no oeste do Pará, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) falou sobre a importância de dialogar com os povos tradicionais da Amazônia e solucionar os problemas apontados por lideranças. O presidente também falou sobre o momento que o Brasil vive, nas vésperas de sediar em Belém a COP30.
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“Essa COP30 é um momento único na história do Brasil, porque é o momento que estamos obrigando o mundo a olhar a Amazonia com os olhos que deve olhar a Amazonia. Não é só para manter a floresta em pé, é preciso pedir para manter a floresta em pé e para ela ficar em pé temos que dar sustentação econômica, educacional e de saúde para as pessoas que mantém a floresta em pé. Essa é a nossa obrigação e a Cop é esse momento extraordinário, disse o presidente Lula.
Lula na comunidade Jamaraquá, na Flona do Tapajós
Ricardo Stuckert
Durante visita à comunidade Jamaraquá, na Flona do Tapajós, Lula disse que o principal objetivo da visita era realmente dialogar com os povos tradicionais e ver como essas pessoas estao vivendo.
“Foi muito importante essa vinda aqui. A ideia básica é a gente tentar fazer o levantamento da real situação que vocês vivem, porque lá de Brasília é muito difícil a gente enxergar, a tantos milhares de quilômetros de distância, as pessoas que moram onde vocês moram. Um lugar maravilhoso. Então queria aprender, receber as reivindicações de vocês e dizer que vocês não estão reivindicando nada que não seja possível resolver”, contou Lula.
“Cuidar da saúde é nossa obrigação, melhorar a educação é nossa obrigação, resolver questões de títulos de terra é nossa obrigação. O que precisamos é trabalhar mais para que a gente vença burocracias”, disse Lula.
Acompanhado da primeira-dama e outras autoridades, Lula conheceu o trabalho realizado por moradores como a movelaria, de madeira beneficiada, além do trabalho com biojoias.
As biojoias são confeccionadas com materia-prima da própria Amazônia como as sementes.
Lula, Janja e Marina Silva também tiveram a oportunidade de acompanhar um seringueiro fazendo a demonstração de como o processo é feito desde a extração do látex, até a matéria-prima se transformar em borracha.
Posteriormente o presidente recebeu de comunitários documentos com demandas que vão desde a demarcação das terras indígenas até pautas ambientais. Ele voltou a comentar a preocupação com a educação e reiterou o anúncio que já havia sido anunciado na Aldeia Vista Alegre do Capixauã da criação de uma universidade indígena.
Lula também falou que vai criar a universidade do Esporte que será uma alternativa para tirar jovens das ruas e incentivar a formação esportiva.
“Eu fico muito preocupado com a educação com os relatos dos jovens que terminam o ensino médio e muitas vezes não podem ir para Santarém fazer faculdade. Eu quero anunciar para vocês que vamos criar a Universidade Indígena. Vai ser uma Universidade em Brasília, mas que vai ter campus em vários outros estados e também vamos criar a Universidade do Esporte que é para ver se daqui sai um técnico, médico, um jogador para gente ganhar uma copa do Mundo”, completou Lula.
A agenda de compromissos do presidente Lula na região oeste do Pará iniciou pela manhã. Lula visitou a Aldeia Vista Alegre do Capixauã e a comunidade Jamaraquá, na Flona do Tapajós em Belterra.
A comitiva do Presidente deixou Jamaraquá por volta das 18h e seguiu para Belém, onde cumpre agenda nesta segunda (3).
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